Dia desses estivemos reunidos para comemorar a vida junto com um
grupo de parentamigos, alguns dos quais não víamos há alguns anos.
Tantas coisas, tantas situações foram relembradas que precisaríamos
de mais algumas semanas pra botar a conversa em dia e rir todas as boas risadas que esses encontros proporcionam.
E uma das coisas que todo mundo se lembrou com saudades
foi a “casa da estação”.
A construção com a fachada e planta típicas das casas de ferroviários deve ter sido construída entre o final do século XIX e início do século XX - já aparece em fotos datadas de 1920 - e era destinada à moradia do Chefe da Estação, figura importante naqueles tempos. Tem paredes grossas de tijolos de alvenaria descomunais, telhas
francesas vindas de uma olaria em Marseille, janelas e portas importadas e confeccionadas em pinho de
riga, com inúmeros aposentos de um pé-direito altíssimo mas ridiculamente
pequenos.
foto de 1920 - Arquivo de Benedito dos Anjos |
Durante muitos anos a casa foi residência dos meus sogros Iolanda e Ignácio, desde que ele veio transferido de Cachoeira Paulista.
Era uma pequena chácara dentro da cidade com galinheiro, fogão à lenha, árvores frutíferas, pinheiros, um loureiro, e nos dias de chuva, muita lama pra molecada jogar futebol. Tinha até um laguinho azulejado que era usado como piscina pela criançada.
É claro que eu só me lembro da casa depois de ter entrado para a família. Foi o palco de muitos finais de semana memoráveis e de muitas confraternizações quando lá se reuniam os membros da família que vinham do Vale do Paraíba, de São Paulo, de Itú, e do ABC. A casa também fez parte da infância dos meus filhos, até a aposentadoria do meu sogro.
A casa ainda está por lá, mas a estação como um todo está muito diferente. Um pouco mais moderna, mas extremamente desfigurada em sua essência ferroviária dos velhos tempos. Hoje restam as boas lembranças.
É claro que eu só me lembro da casa depois de ter entrado para a família. Foi o palco de muitos finais de semana memoráveis e de muitas confraternizações quando lá se reuniam os membros da família que vinham do Vale do Paraíba, de São Paulo, de Itú, e do ABC. A casa também fez parte da infância dos meus filhos, até a aposentadoria do meu sogro.
A casa ainda está por lá, mas a estação como um todo está muito diferente. Um pouco mais moderna, mas extremamente desfigurada em sua essência ferroviária dos velhos tempos. Hoje restam as boas lembranças.
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