O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



07 setembro 2016

Mais uma greve - A quem interessa?


Mais uma desacreditada, inútil e indecente greve dos bancários está acontecendo.  Vai ter gente nervosa com a postagem, mas antes de começar o mimimi me respondam: O direito de um não termina onde começa o do outro? Então o do grevista não termina onde começa o do cidadão?  Esse que está sendo desrespeitado, que vai pagar suas contas com atrasos e juros, que fica com sua vida desorganizada?  Lembre-se que você bancário vive numa democracia e ninguém o obriga a ser bancário.  Não serve?  Vai procurar outro emprego! Simples assim.

Algum dia desses, se é que já não foi feito, um estatístico ainda fará uma correlação entre greves, anos eleitorais, sindicalistas em crises de libido, e a conjunção entre Vênus e Júpiter.  E aposto que chegará a conclusões tão inúteis quanto as próprias greves.

Por que digo que é uma greve desacreditada, indecente e inútil, tal qual a esmagadora maioria delas? 

Porque não faz nem cócegas nas instituições financeiras e nas grandes empresas. Só prejudicam mesmo a população, principalmente aqueles mais carentes e que tem menos acesso digital.

Essas greves são iguais xixi no poste. Só servem para marcar território dos sindicalistas. E quer saber:  Eles não estão nem aí pros bancários. Daqui a uns dias, serão chamados pra conversar, levam um “por fora” e voltam com um discursinho melequento destinado a convencer o rebanho que enquadraram os patrões, que a “luta” valeu a pena, e blá blá blá. 
Depois disso guardam as camisetas e os bonés vermelhos – nunca vi uma greve verde e amarela! E hibernam à espera da próxima oportunidade. E dependendo dos aplausos, com certeza estarão pedindo votos nas próximas eleições por um partidinho qualquer de esquerda.

Eu queria ver se essas greves de fachada se sustentariam se houvesse algum ônus. Tipo desconto (desconto de verdade) dos dias parados. Demissões; Se houvesse julgamentos duros sobre a legalidade. Se os cidadãos pudessem processar os sindicatos pelos prejuízos. Mas principalmente se houvesse cérebros e culhões para não aceitar o jugo sindical.

Mas enquanto houver essa miríade de sindicatos, nos mais diversos tons de vermelho, “lutando” pelos direitos dos trabalhadores (sério???), e enquanto houver trabalhadores acreditando que é preciso alguém ou o Estado para defendê-los, nós povo – outro rebanho – continuaremos a sofrer os efeitos.

O que parece é que somos destinados a sempre sermos "rebanho", seja de um senhor de engenho, de um coronel antiquado, de um padim padi ciço, de um Antonio Conselheiro, de um pastor, ou de um sindicalista(zinho).

E é só acabar a greve que estarão todos na mesma, ruminando novamente à sombra do seu opressor preferido e pensando na novela, no próximo BBB, no carnaval, no desempenho do seu time, ou anestesiados por uma rede social qualquer.

E ao final da apuração das próximas eleições, tudo continuará na mesma. É triste!

crédito da foto: freeimages.com/edu wagtelenberg

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