O nome "Gran Circo" exprime bem a maneira como penso.
Aparentemente caótico, mas muito planejado, às vezes irônico mas sobretudo divertido.
Não esperem só palhaçadas.
Críticas e manifestações humanas em geral terão lugar garantido no picadeiro.

Agora vamos ver como os domadores e palhaços que moram entre as minhas orelhas irão se comportar!



22 agosto 2016

Um balanço dos jogos olímpicos Rio 2016


Quem me acompanha sabe o quanto eu fui crítico em relação à realização dos Jogos no Brasil, porque entendo que esse ufanismo, potencializado pelos patrocinadores e por boa parte da mídia não é de verdade e não se sustenta. É só um anestésico, talvez mesmo um amnésico que nos faz esquecer coisas muito mais importantes incluindo a conta da festa.  O Rio de Janeiro é absolutamente o mesmo nesta Segunda-feira. O Brasil é absolutamente o mesmo.

Mas, a Olimpíada uma vez iniciada é contagiante. Pelos desafios impostos, pelo comprometimento dos atletas, pelas suas histórias de superação, pela diversidade, pela beleza plástica, pela alegria universal, pelo congraçamento, e por todas as outras demonstrações de que a raça humana ainda tem jeito.  E nesses aspectos tivemos muito o que comemorar ao longo do evento.

Eu também destaco as cerimônias de premiação. Elegantes e sem exageros, valorizaram nossa arte e nossos materiais desde os figurinos legais, até o pódio, e o design da bandejas e dos estojos em madeira.

Pena que nem tudo é perfeito

Tá bom que em um evento desse porte, por mais que pensemos esportivamente ainda não conseguimos nos livrar das contaminações políticas e econômicas, e em muitos casos, do fato de que o limite a ser ultrapassado já não é humano. Mas isso é assunto para uma postagem mais filosófica.

Também fomos ineficientes, não dá pra negar. É só olhar para os erros de planejamento e de execução, os problemas iniciais na vila olímpica, o uso de materiais de segunda (que tal a água verde?), a poluição...  Pior foi a criação de factoides  para tentar justificar as  pataquadas.  Até prisão de “terroristas” conseguimos fazer!  (chamei isso de pataquada preventiva). 
E também tivemos o “fogo amigo” de nossa própria imprensa, que adora uma desgraça pra chamar de sua.  Mas ainda assim, o resultado do evento em termos olímpicos foi positivo e merece aplausos.

A festa do encerramento

Caraca! Por que não fizeram uma festa bonita assim logo na abertura?  Parece até que os realizadores não foram os mesmos.  Ou será que a abertura foi só um ensaio que deu errado? 

Ontem tudo esteve muito mais harmonioso: Ideias bem realizadas, coreografias expressivas, músicas decentes e significativas. As projeções no piso, mais discretas, valorizaram as cenas (ao invés da abertura quando estavam caóticas). A alegria brasileira foi a tônica. 
Houve umas bobeadinhas aqui e ali, umas fantasias de brócolis, uns vícios de enredo de escola de samba que só se entende quando um comentarista chato lê o script, mas nem isso e nem a chuva atrapalharam o brilho da festa.  Aliás, a ideia da chuva para apagar a tocha foi bem legal.


E com o carnaval final, acho que os participantes saíram com um gostinho de quero mais!

imagem by Stux from Pixabay.com

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